Uma confusão daquelas grandes no Campeonato Brasileiro de Turismo causou revolta em 90% dos pilotos do grid que largaram na segunda prova do fim de semana em Londrina. É até difícil de explicar, mas quem viu a corrida pela TV notou de forma muito nítida o acontecido, uma vez que dois pilotos dos 17 que largaram se beneficiaram e um deles ganhou a prova por conta disso.
Por conta do próprio regulamento, o reabastecimento obrigatório acontece entre os minutos 20 e 25 de corrida. No entanto, quando a janela de pit stops foi aberta, a prova estava neutralizada com o safety car e boa parte do grid já havia passado o caminho de entrada dos boxes e apenas três deles entraram, entre eles o vencedor Giulio Borlenghi e o agora líder do campeonato, Gabriel Robe, que estava em último após se envolver em um acidente na largada.
Como a prova estava neutralizada, a maioria dos pilotos que permaneceu na pista e seus chefes de equipe acreditaram que a lógica seria aplicada: o safety car permaneceria na pista por mais uma volta e quem não entrou faria sua parada e não sairia prejudicado.
No entanto, a prova foi liberada e com isso os que pararam durante a neutralização levaram vantagem, pois tiveram pista livre para abrir vantagem enquanto os outros perdiam mais de 30 segundos em todo o procedimento de parada. E o pior: o safety car não apagou as luzes que indicam a relargada ou não, então todo mundo foi seco para os boxes enquanto a prova recomeçou. Com isso, quem estava na frente (90% do grid) caiu para o fundo do pelotão e ficou sem chances de vitória. E a direção de prova se viu inundada de pilotos revoltados ao fim da competição, com razão, afinal a tal da brincadeira custa caro, envolve muita gente e, principalmente, muitas carreiras.
"Para ser justo, o Safety Car teria que ficar uma volta a mais, pois nitidamente isso prejudicou a maior parte dos pilotos e influenciou diretamente no resultado final da corrida. Se eu tivesse estacionado o carro para dar o tempo certo de entrar eu certamente seria punido. Faltou bom senso na hora de liberarem a entrada nos boxes. Por conta disso, estou em terceiro no campeonato a cinco pontos do líder, mas podia estar tranquilamente na liderança. Se isso acontece na corrida final, decide de campeonato", comenta Luca Milani, um dos prejudicados: ele era o terceiro colocado e, por conta disso, chegou apenas em sétimo.
Como resultado, Robe foi pra 131 e abriu quase 30 pontos para os pilotos mais próximos, Gaetano Di Mauro (107) e Luca (102). E agora é voltar para a abstinência, pois a próxima prova é só nos dias 18 e 19 de novembro, em Goiânia.
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Luca Milani tem o apoio de Pilotech, Puma, Powerade, Aguas Crystal, Americanet, Movement e Carnes Del Sur.
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Bruno Vicaria
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